sábado, 21 de novembro de 2015

Mãe



“Mãe é como árvore, já repararam?
É acolhedora, tranqüila, segura, presa firmemente
Ao solo, ao mesmo tempo em que espalha, aos quatro ventos,
A galharia fresca, a copa verdejante
Mãe é repouso e sossego
Quando a gente está cansada, ou triste, ou desiludida,
Ou desanimada, ela nos reconforta cobrindo-nos com a sua sombra
E o farfalhar de suas folhas
O mundo é uma floresta de mães

Mães novas e mães velhas
Mães magras e mães gordas
Mães enrodilhadas de tanto sofrer
Mães na pujança da seiva e do vigor

Floresta enorme, bem trançadinha de mil segredos,
Com riachos, com lagoas, pirilampos,
Rouxinóis, pardais e sabiás

Floresta de mães, trançada com os mil segredos
De ternura e do bem-querer

A mãe quando morre é uma árvore que tomba.
É uma clareira que se abre.
Clareira batida de sol, de vento, de tempestade,
De mil medos e temores que inquietam o coração do filho

Vida de filho sem mãe é solidão e isolamento
É saudade doída daquela árvore tão verde,
Tão copada, tão fresca

É vida sozinha
Na floresta vazia!...”

Nazira Féres Abi-Sáber



2 comentários:

  1. Boa noite!!! Eu era uma criança de aproximadamente 10 anos quando li esse poema, e nunca esqueci principalmente o final do poema 😭

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  2. Esse poema sobre as Mães é o mais lindo que existe. O conheci no começo da minha adolescência, trabalhei com ele como professora e hoje aos 60 anos de idade ainda não encontrei um tão lindo, tão verdadeiro, emocionante e triste ao mesmo tempo, porque retrata a realidade de um(a) filho (a) sem mãe. Digo isso principalmente depois que perdi a minha mãe. Vida de filho sem mãe é solidão e isolamento...😭😭😭💔

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